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  • Isabela Rodrigues

Quando a Cidadania Cria Raízes

Quando perguntada pela primeira vez ainda no início do programa sobre o que era cidadania, eu ofereci uma resposta técnica e metódica. Eu disse que cidadania não tinha apenas a ver como uma forma de conhecimento, mas também com a prática e o exercício de direitos. Ser cidadão ou cidadã, para mim, era ter a garantia dos seus direitos enquanto cumpria com seus deveres. Ainda expliquei que precisávamos conhecer os nossos direitos para colocá-los em prática.


Hoje, passados mais de dez meses de programa, eu entendo que cidadania é um conceito muito mais enraizado no nosso dia-a-dia do que simplesmente uma ideia jurídica. Ser cidadão envolve não só direitos à saúde e educação de qualidade. O mero fato de você poder ir a um Sarau Cultural no seu bairro e aprender sobre realidades distintas já é exercer a cidadania. Cidadania é eu chegar no meu espaço de trabalho e ter a oportunidade de compartilhar a minha experiência de vida e ser ouvida sem preconceitos ou estigmas sociais.


Cidadania, agora, é algo insubstituível na minha cosmovisão. Não é só apertar uma tecla para eleger um candidato por quatro anos. Cidadania é respirar ar fresco sem poluição; é não ser assediada enquanto volto para casa de ônibus; é manifestar minha crença religiosa sem pré-julgamentos; cidadania é comer arroz e feijão todo dia. Cidadania é uma sociedade justa e equânime, ainda que possa soar utópico sonhar com isso.



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