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  • Geovanna Schiavi, Stheffany Ribeiro e Anderson Peres

Nossa conquista

Atualizado: 13 de jan. de 2023


Imagem por Jéssica Vitória


O meu trisavô era um escravo, sim, ele foi um dos que ajudou a construir aquilo a que agora chamamos de Brasil. Essa nossa história, que um dia só de recordação não é nem de longe suficiente, merece a nossa reflexão, o nosso respeito. O nosso respeito por todos, que morreram nos moinhos, nas quintas, sendo considerados nesta conquista por pessoas cujo destino os levou para a terra onde o tordo canta, por pessoas cujo Brasil, em tempos de insegurança, era a última esperança.


Todos esses ajudaram, ou foram ajudados pelo povo negro a cimentarem cidades imponentes, a estabelecerem a economia com representatividade no mercado externo. Depois de centenas de anos, nascia eu, fruto da miscigenação entre povos brancos sonhadores e bravos negros.


Eu sou um dos descendentes desses povos escravos, negra, uma brava sonhadora, que colho os frutos da energia incessante, da esperança desses povos, que mesmo ante os mais gigantes obstáculos a sua própria sobrevivência, sorriam, trabalhavam, sonhavam e inspiraram seus descendentes.


Nesse dia lúdico, através dessa crônica, convido você a olhar para o povo negro não como vítima, tampouco incapazes, pois sua resistência nos prova o completo contrário disso, mas te convido a olhar como seu igual, como pessoa cujos antepassados ajudaram índios escravos, exilados europeus a construírem o calçadão que você passa todos os dias. Um povo forte, inteligente que hoje está misturado nessa sociedade plural, somando, tentando mostrar que seu lugar foi conquistado com muito suor, hoje verdadeiramente brasileiros.


Devemos valorizar e admirar essas pessoas tão preciosas para a história não só do Brasil, mas da humanidade, um povo tão rico que tem tanto a ensinar com sua trajetória, que apesar das lutas e dificuldades enfrentadas em sua caminhada, nos mostrou o poder da perseverança, o poder que existe através da união com um único objetivo: viver para prosperar.


Nossas diferenças nos fazem únicos, e independente de sua existência ou não, devemos sempre combater o mal com o bem, o ódio com o amor e a desigualdade com a cidadania!

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1 Comment


Dangelo Schiavi (Rumo á PF)
Dangelo Schiavi (Rumo á PF)
Nov 21, 2022

Execelente reflexão

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