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  • Luisa Almeida

As vantagens de um projeto gratuito na juventude campo-grandense

O projeto Criança Ativa está em funcionamento há 22 anos, passou por inúmeras mudanças ao longo dos anos, sendo hoje um projeto de extensão coordenado por Cláudia Diniz do curso de Educação Física da Universidade Católica Dom Bosco. Visa principalmente viabilizar auxílio e atividades criativas para comunidades mais vulneráveis, porém isso não impede que qualquer criança se inscreva no mesmo. Fora as oficinas oferecidas na clínica escola na universidade toda segunda e quarta no período vespertino, o projeto também oferece atividades na ONG não governamental Meimei apenas nas segundas no próprio prédio da organização.


Por meio de ações socioeducativas interdisciplinares, maneja grupos de crianças de 5 à 12 anos de idade, desenvolvendo habilidades de socialização, autonomia e permite que estes jovens protagonizem seu aprendizado acerca de valores comunitários e culturais. Como um dos objetivos do projeto Criança Ativa é proporcionar atividades que não estejam normalmente nas escolas de ensino fundamental, procura-se expandir ao máximo as experiências das crianças fornecendo oficinas de esportes, ginásticas, dança, artes, culinária, meio ambiente e gestão de emoções. Buscando sempre a aproximação com valores humanos e sociais, o incentivo a práticas de saúde e cuidado pessoal, por meio da realização de dinâmicas, brincadeiras e atividades individuais e em grupos, a partir de temáticas elencados com os acadêmicos extensionistas, que visam incentivar a colaboração, a relação entre os pares por meio da interdisciplinaridade e das práticas colaborativas. Além disso, são propostas atividades culturais e artísticas com o objetivo de estreitar laços com as famílias fortalecendo os vínculos familiares.


Neste sentido, as ações propostas, visam contemplar aspectos do desenvolvimento infantil como um todo, o corpo, o bem-estar, a saúde física e emocional, assim como as inter-relações que são estabelecidas com o meio, estimulando a prática de esportes, brincadeiras e ações motoras, além da alimentação saudável, do cuidado em relação a higiene pessoal.



Fiz algumas perguntas para a coordenadora do projeto, Claudia Diniz, professora do curso de graduação de educação física.


P: Como a senhora pensou a integração de outros cursos de graduação e como estes podem ajudar a estruturar o projeto?


R: A organização do projeto integrando vários cursos é uma exigência institucional que prevê a articulação entre diversas áreas do conhecimento


P: A capacidade do projeto é proporcionar o máximo de vivências e dinâmicas diversas para as crianças, como são oferecidas as oficinas para esses jovens?


R: as atividades são oferecidas em forma de oficinas, sendo oportunizadas de 5 a 6 oficinas por encontro, no qual cada criança escolhe três para participar, oportunizando o protagonismo delas no projeto.


P: No site da universidade é possível encontrar acerca de uma atividade de encerramento para o dia da família, como é organizado esse tipo de atividade para as crianças?


R: A atividade tem por objetivo o fortalecimento dos vínculos familiares e aproximação do projeto com as famílias, a organização é feita pelos os acadêmicos extensionistas sob orientação dos professores do projeto.


P: Com um projeto em funcionamento a tantos anos de forma presencial, quais as mudanças principais durante a pandemia? E como essa adaptação está funcionando nesse momento pós-pandemia?


R: Durante a pandemia foram feitas adequações buscando manter o atendimento as crianças de maneira remota, foram proporcionadas rodas de conversas com temáticas elaboradas com os extensionistas e professores, infelizmente o acesso a internet limitou o atendimento, mas não deixou de existir durante a pandemia. Neste momento pós-pandemia as atividades retornaram todas presenciais buscando sempre manter o protocolo de biossegurança, os pais são informados que qualquer sintoma de gripe, mal-estar a criança não pode comparecer ao projeto.


Como voluntária do projeto, e participante das oficinas de artes, culinária e meio-ambiente, posso declarar que ao longo do semestre as crianças vão se desenvolvendo junto de nós, e vamos aprendendo juntos. Consigo afirmar que os laços criados não só entre os jovens, mas conosco, professores das oficinas, vão se intensificando conforme o projeto evolui, abrangendo assim uma grande capacidade de atividades diferentes e divertidas para, tanto as crianças, mas com vasta gama de conhecimento para os acadêmicos. Acredito também que, a interdisciplinaridade por si só, transforma um ambiente monótono de sala de aula, em um local acolhedor e cuidadoso. Oferecer autonomia à criança, nas escolhas das atividades, em dar um feedback das oficinas em que participam, e principalmente em poder descobrir a si mesmo dentro das diversas atividades, é, em meu ponto de vista, algo mágico como extensionista e orientadora desses jovens.

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