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  • Foto do escritorVozes Cidadãs

Cidadania para quem?

No imaginário popular do Brasil da década de 1914, o homem do campo vivia os problemas

árduos do trabalho braçal, já que estudar era algo distante. Seu sustento e o de sua família

dependiam única e exclusivamente de seus esforços. Monteiro Lobato conta em Urupês que esse tolo homem se cansou de trabalhar porque tinha muita preguiça, o que representava um exemplo de como não ser: Jeca Tatu, um homem rendido à preguiça.

A ancilostomose tem como sintomas dor abdominal, diarreia e anemia, e afeta principalmente regiões onde não há saneamento básico, o que era uma situação muito comum no interior do Brasil, principalmente em 1914. Jeca Tatu foi uma vítima porque não teve seus direitos básicos validados. Ele não teve acesso à saúde e à educação, mas, em vez disso, foi condenado por estar doente. Logo, Jeca não teve direito à cidadania. O direito de exercer a cidadania, ao ponto de ter acesso a serviços básicos, está condicionado a questões sociais e, principalmente, ao interesse público de assistir às diversas populações que compõem o Brasil.


Quais são as necessidades da população de rua que habita o centro de Campo

Grande/MS? Quais são as necessidades da população ribeirinha, das moreninhas, dos

povos indígenas, das pessoas com deficiência, dos imigrantes e das mais diversas populações que compõem o povo brasileiro? As necessidades e os problemas enfrentados por essas populações só podem ser entendidos e solucionados a partir da vivência delas, sem eximir a responsabilidade dos órgãos competentes, mas sim integrando-os! Nossos direitos não podem se limitar ao livro da constituição, bradados em congressos

nacionais onde têm significado apenas para alguns. Nossos direitos devem transbordar e serem validados pelas mais diversas populações do povo brasileiro!



Autor: Bolsista Supervisor Caio Augusto

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