O capacitismo recreativo refere-se à prática discriminatória de menosprezar ou ridicularizar pessoas com deficiência em contextos de lazer, entretenimento ou atividades recreativas. É uma manifestação do capacitismo, que é o preconceito e discriminação contra indivíduos com deficiência. Nesse contexto, o capacitismo recreativo ocorre quando pessoas com deficiência são alvo de piadas, estereótipos ou tratamento desigual durante eventos sociais, atividades esportivas, ou outras formas de lazer.
Se pensarmos na nossa literatura o capacitismo recreativo pode ser observado em algumas obras que retratam personagens com deficiência de maneira simplista, reduzindo-os a estereótipos unidimensionais. “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis
obra em que personagens repugnantes têm discursos jocosos sobre pessoas com deficiência.
Outro ponto é o capacitismo recreativo no humor brasileiro que se manifesta quando piadas e representações cômicas são construídas às custas das pessoas com deficiência, perpetuando estereótipos prejudiciais e reforçando preconceitos. Infelizmente, essa prática ainda é observada em algumas formas de entretenimento, onde a deficiência é frequentemente explorada como fonte de riso, negligenciando a dignidade e a humanidade das pessoas afetadas.
No Big Brother Brasil 2024 o participando Maycon provocou uma situação muito desagradável com piadas sobre a perna amputada de Vinicius Rodrigues, durante a Prova do Líder, o merendeiro falou que queria dar um nome à perna do atleta, que chamou de "cotinho". derivado da palavra “coto”. O termo pejorativo costuma ser usado para se referir a pessoas com membros amputados.
Vale ressaltar que pessoas com deficiência existem e sempre existiu, propagar um discurso "isso é um assunto novo" mostra como a sociedade ainda não preparada para reconhecer milhares de pessoas com deficiência que nela vivem. É preciso quebrar essas cortinas que violenta e silencia a existência das pessoas com deficiência.
É crucial que a sociedade esteja vigilante quanto a qualquer forma de discriminação, incluindo o capacitismo recreativo, para promover uma cultura mais inclusiva e respeitosa em todos os setores da vida, inclusive na mídia e entretenimento.
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