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  • Mariana Lopes

8 mulheres importantes da História

O mês de março, nos últimos anos, tornou-se um mês para homenagear as mulheres. Um dos grandes impasses mundiais da atualidade é a disparidade entre homens e mulheres - em igualdade salarial, direitos básicos como educação e saúde, e até mesmo espaço de fala. Por isso, até o dia 8, teremos matérias especiais sobre as mulheres e suas vitórias ao decorrer da história - bem como explorar a situação dessas mulheres no dia de hoje. Para esta primeira matéria, decidimos listar 8 mulheres de destaque nas mais diversas áreas, celebrando suas histórias de vida, conquistas e legados inimagináveis:



1. Lélia Gonzalez


Lélia Gonzalez

Mineira criada no Rio de Janeiro, Lélia Gonzalez é uma historiadora e filósofa muito importante para o movimento negro contemporâneo e o movimento feminista. A penúltima de 18 irmãos, Lélia dedicou grande parte de sua vida para os estudos de gênero e etnia, estudos esses que se tornaram referência internacional e mudou os parâmetros desses campos de estudo. Além de sua vida acadêmica, também foi professora da rede pública - bem como iniciou sua carreira política. Lélia é, portanto, pioneira da discussão sobre intersecção sexual e racial que impactou diversas gerações de intelectuais seguintes.


“A mulher negra anônima (...) apesar da pobreza, da solidão é a portadora da chama da libertação, justamente porque não tem nada a perder”



2. bell hooks


bell hooks

Batizada como Gloria Jean Watkins, bell hooks optou por seu pseudônimo em letras minúsculas, de forma que suas obras e contribuições fossem mais importantes do que sua personalidade. Pensadora, educadora, escritora e ativista estadunidense, bell hooks contribuiu muito para o movimento antirracista e feminista. Passando pelo sistema educacional segregacional no ensino básico, a escritora formou-se em Letras e abordou os temas da luta contra o racismo, a desigualdade social e de gênero, críticas ao capitalismo e a importância do amor aos indivíduos - bem como poemas e literatura infantil - seu acervo de produções abrange diferentes grupos, além de premiada e consagrada intelectual.


“O poder transformador do amor é o fundamento de toda mudança social significativa. Sem amor, nossas vidas são sem significado.”



3. Lady Gaga


Lady Gaga

Cantora, atriz, compositora e dançarina estadunidense, Lady Gaga sempre teve aspiração pela arte. Desde pequena aprendeu a tocar piano, aos 17 cantava em clubes e bares até os seus 19, quando dedicou-se integralmente a sua carreira musical. Gaga sempre chamou a atenção por suas extravagâncias e ousadias em roupas de tapete vermelho, produção de suas músicas e presenças em eventos. A artista apoiou o movimento #MeToo, no qual também relatou os abusos e assédios que sofreu por ser uma mulher no meio artístico, além de seu ativismo para com o público LGTBQIA+. Hoje, Lady Gaga conta com premiações renomadas como Oscar e Grammy, além de personalidade divisora de águas na cultura pop.


"Algumas mulheres optam por seguir os homens, e algumas mulheres optam por seguir seus sonhos(...) lembre-se de que sua carreira nunca vai acordar um dia e te dizer que não te ama mais”.



4. Margareth Dalcolmo


Margareth Dalcolmo

Margareth Dalcolmo é graduada em Medicina e especializada em Pneumologia Sanitária pela FIOCRUZ e desde a pandemia do coronavírus, tornou-se uma das profissionais porta-voz de esclarecimentos ao público sobre questões referentes à COVID-19, por sua didática já exercida em salas de aula transferida para a televisão. Além de seu trabalho durante a pandemia, Margareth também estuda o tratamento da tuberculose, presta consultorias à África subsariana sobre doenças respiratórias, bem como trabalho de destaque nas periferias e sistema prisional. Em 2021, Margareth escreveu o livro “Um tempo para não esquecer – a visão da ciência no enfrentamento da pandemia do Coronavírus e o futuro da Saúde.” onde reconta as experiências e trilha caminhos para o futuro da saúde e sociedade.


“Tenho momentos que considero transcendentes em minha formação. Trabalhando numa periferia pude viver os contrastes sociais que marcam o país.”



5. Sonia Guajajara


Sonia Guajajara

Sonia Guajajara é a primeira indígena a ocupar o Ministério dos Povos Indígenas, mas sua liderança vem muito antes. Nascida na terra indígena de Araribóia, no Maranhão, Sonia é formada em Letras e Enfermagem e logo começou sua jornada de liderança política, em 2018 como candidata a vice-presidente e em 2022, foi eleita deputada federal - novamente pioneira e primeira indígena eleita pelo estado para a Câmara dos Deputados. Sonia é reconhecida internacionalmente por sua participação em conferências internacionais, como a COP, discutindo as mudanças climáticas e proteção ao meio ambiente e aos povos indígenas.


“O Brasil do futuro precisa dos povos indígenas.”


6. Malala Yousafzai


Malala Yousafzai

Malala Yousafzai é uma jovem paquistanesa de 25 anos, mas foi aos 15 que, ao questionar sobre os direitos das mulheres à educação, tornou-se inimiga do Talibã, grupo extremista que planejou um atentado contra a jovem, que recebeu um tiro na cabeça e mandada às pressas para a Inglaterra, onde seu tratamento seria melhor. Em 2014, Malala recebeu o Nobel da Paz, consagrando-se a mais jovem ganhadora do prêmio. Hoje, Malala mora em Birmingham e fez sua graduação na Universidade de Oxford - nunca deixando seu ativismo de lado - sendo um exemplo de superação e liderança na luta dos direitos das crianças, principalmente meninas, à educação.


Uma criança, um professor, um livro, uma caneta pode mudar o mundo.”



7. Yayoi Kusama


Yayoi Kusama

Atualmente considerada uma das mais importantes artistas plásticas vivas - e a mais vendida - Yayoi Kusama sabia que queria ser artista desde os 10 anos de idade, quando começou com suas “bolinhas infinitas”. Sua família não aceitava sua vocação, mas aos 28 anos, Yayoi mudou-se para os Estados Unidos - onde pôde expor suas peças inovadoras, assim como suas performances e esculturas. Yayoi passou por muitas dificuldades artísticas e seu quadro psiquiátrico fez com que a artista aprendesse a lidar com seus traumas e passasse pelo processo de cura a partir da arte. Este ano, a grife Louis Vuitton fez uma colaboração, pela segunda vez, com a artista com 93 anos - trazendo aos tempos atuais a sua relevância atemporal.


“Sou uma artista obsessiva. Considero-me uma herege do mundo da arte. Penso apenas em mim quando faço o meu trabalho.”



8. Laverne Cox


Laverne Cox

Laverne Cox é uma atriz e produtora de televisão estadunidense. Além de sua carreira artística bem sucedida, com 2 prêmios SAG, e a primeira pessoa trans indicada a categoria do Emmy Awards, Laverne se destaca por seu ativismo e luta pelos direitos das pessoas trans, desde pequena, Laverne se questionava sobre sua identificação e orientação sexual - o que a levou a muita repressão na família, escola e consigo mesma. Ultrapassando as barreiras impostas, Laverne se formou em Belas Artes e estudou Escrita Criativa, o que a condicionou a carreira artística de renome. Seu papel na série “Orange is the New Black” trouxe a tona discussões sobre as pessoas trans na sociedade.


"Enquanto vivermos em uma cultura onde se tem que provar sua feminilidade ou masculinidade, não estamos vivendo em uma cultura livre".



Bibliografia


Site Geledes <www.geledes.org.br> Acesso em 1 fev. 2023

Mulheres na Filosofia <www.blogs.unicamp.br> Acesso: 01/02/2023

Revista L’Officiel <https://www.revistalofficiel.com.br/hommes/yayoi-kusama> Acesso: 01/02/2023

Banco de Imagens: Google Imagens


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